Governo de Santa Catarina adquire fuzis israelenses para a Polícia Civil, estado tem a menor taxa de homicídios do país


O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), rebateu críticas após anunciar a compra de 350 fuzis israelenses para a Polícia Civil do estado. O armamento pesado foi entregue ao delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, para reforçar a segurança pública.

São 300 fuzis IWI/Arad calibre 5,56x45 mm e 50 fuzis IWI/Arad 7, calibre 7,62x51 mm, já autorizados pelo governador. A entrega supera os 155 fuzis disponibilizados em 2024. 

O efetivo da Polícia Civil de Santa Catarina é composto por 3.099 profissionais, entre agentes, escrivães, psicólogos e delegados, que poderão utilizar os novos armamentos em operações específicas de investigação e inteligência.

O Exército Americano, o FBI e o Bope da Polícia Militar do Rio de Janeiro utilizam equipamentos semelhantes aos novos fuzis da Polícia Civil de Santa Catarina, que sofreu com críticas nos últimos dias. Mello rebateu em tom enfático: “Se a polícia me pedir tanque de guerra, eu vou autorizar” e, à Gazeta do Povo, acrescentou que usou essa fala como uma metáfora para reforçar que, em Santa Catarina, não faltará apoio às forças de segurança. “Nenhuma das nossas polícias pediu ainda (tanques), mas o recado foi claro: nossos policiais terão sempre meu respaldo em tudo que precisarem para proteger a população”.

Se a polícia me pedir tanque de guerra, eu vou autorizar.

Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL)

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, a meta é que cada policial envolvido em investigação e inteligência tenha seu próprio fuzil, de acordo com ele, para integridade durante as operações e para proteção da sociedade. O delegado-geral informou que está prevista a aquisição de outros 87 fuzis com recursos economizados.

Santa Catarina tem a menor taxa de homicídios do país

O Ranking de Competitividade dos Estados, produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), aponta Santa Catarina como o estado mais seguro do país. O estado lidera em segurança patrimonial, ocupa a 2ª posição em segurança pessoal e avançou do 7º para o 4º lugar no indicador de presos sem condenação.

Também permanece na liderança em qualidade das informações sobre criminalidade. Outro levantamento que reforça esse cenário é o Atlas da Violência 2025, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O estudo mostra que Santa Catarina registrou, em 2023 (último ano analisado), a menor taxa de homicídios do Brasil: 9 mortes para cada 100 mil habitantes. Na sequência aparece o estado de São Paulo, com 11,2 mortes por 100 mil habitantes.

Policiais de SC tiveram reajuste salarial

A valorização das forças de segurança em Santa Catarina é outro fator enaltecido pelo governo estadual e considerado relevante para os bons resultados na área. Em abril, a Assembleia Legislativa aprovou reajuste salarial de 21,5% para mais de 35 mil servidores do segmento, ativos e inativos.

O aumento será aplicado de forma escalonada até 2026. Um cabo da PM catarinense recebe cerca de R$ 8 mil; ao final do ciclo, o valor chegará a R$ 9,7 mil. “Somos o estado mais seguro do Brasil porque temos as polícias mais preparadas, equipadas e valorizadas, inclusive com o reconhecimento por parte da população catarinense”, afirmou o governador.

Segundo Mello, os avanços são fruto de investimento em tecnologia, inteligência, equipamentos modernos e melhores condições de trabalho. “O cidadão de bem não tem receio algum da polícia estar bem equipada. Quem cumpre a lei tem o apoio do governo; quem insiste no crime precisa saber que aqui não terá paz.”

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