PM de folga é morto por traficantes, colocado em carro e jogado ladeira abaixo; VEJA VÍDEO!
A violência urbana no Rio de Janeiro registrou mais um episódio brutal nesta terça-feira (3). O policial militar Marco Antonio Matheus Maia, de 37 anos, foi assassinado na Rua Orica, um dos acessos à Comunidade do Quitungo, zona norte da cidade.
A barbárie não parou por aí: após ser morto a tiros, o corpo de Marco Antonio foi enrolado em um lençol e colocado dentro de um carro, que foi lançado ladeira abaixo pelos criminosos.
Reconhecimento e Execução
Marco Antonio, lotado no 41º BPM (Irajá) e com 13 anos de serviço na Polícia Militar, estava de folga no momento do crime. Ele foi reconhecido por traficantes armados da região, que dispararam contra ele. De acordo com informações preliminares, o disparo fatal foi feito com um fuzil.
O veículo com o corpo do PM foi encontrado por agentes da Polícia Militar. Os criminosos envolvidos fugiram e, até o momento, não foram localizados. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que tenta identificar os autores do crime e esclarecer as circunstâncias do ataque.
Rastro de Violência na Região
O assassinato do policial ocorreu no mesmo dia de uma operação de grande porte no Complexo da Penha, conhecida como Operação Torniquete. A ação, conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com apoio de diversas forças de segurança, tinha como objetivo enfraquecer a atuação do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do estado.
Durante a operação, cerca de 900 policiais cumpriram 114 mandados de busca e apreensão e prenderam 13 suspeitos. Mais de uma tonelada de drogas foi apreendida, além de armas, veículos roubados, uma central de crimes financeiros e um laboratório de refino de drogas.
A megaoperação, classificada como "um sucesso" pelo Secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, também desencadeou reações violentas. Na mesma região, três ônibus foram incendiados em retaliação à presença das forças de segurança, aumentando o clima de tensão.
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Base Operacional do Crime
Segundo as investigações, o Complexo da Penha funciona como uma espécie de "quartel-general" do Comando Vermelho. É dali que partem ordens para roubos de cargas e veículos, ações que financiam a compra de armas e municiam a facção com recursos para o pagamento de “mesadas” a familiares de integrantes presos.
“O Complexo da Penha é hoje o principal centro operacional do Comando Vermelho. É de lá que saem as ordens para a expansão territorial e para crimes como roubos de cargas e veículos, que sustentam a estrutura da organização criminosa”, explicou o delegado Felipe Curi, secretário de Estado de Polícia Civil.
A Operação Torniquete, que contou com o apoio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, teve como objetivo não apenas prender líderes da facção, mas também desmontar a logística financeira que permite sua sobrevivência.
ASSISTA:
Clima de Insegurança e Luto
O assassinato de Marco Antonio Matheus Maia não é um caso isolado. Ele reflete o cenário de violência que assola comunidades dominadas por facções criminosas, onde até agentes da lei se tornam alvos. Em nota, a Polícia Militar lamentou a perda do policial, destacando sua dedicação ao longo de mais de uma década de serviço.
Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento do policial, que deixa familiares e colegas enlutados.
Enquanto isso, as autoridades prometem intensificar as operações para desarticular grupos criminosos na região, mas a tragédia desta terça-feira expõe os desafios de combater uma criminalidade enraizada e violenta. A luta por segurança no Rio de Janeiro segue como uma batalha diária para moradores, policiais e gestores públicos.
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